quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nova Evangelização: Movimentos eclesiais dão sinal de vitalidade


O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa disse hoje que o primeiro encontro internacional sobre Nova Evangelização, promovido sábado e domingo pelo Vaticano, serviu para demonstrar a vitalidade da Igreja Católica.
“Testemunhar a fé não é propaganda, é vida, e todas as realidades eclesiais que ali apareceram disseram que o Espírito Santo está vivo na sua Igreja”, sustentou o padre Manuel Morujão, em declarações à Agência ECCLESIA.
A iniciativa, organizada pelo Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (CPPNE), teve como tema “Novos evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se multiplica”.
O representante dos bispos portugueses, que participou no encontro, destacou a “presença de cerca de 115 realidades eclesiais, dos cinco continentes, ligadas aos jovens, às famílias”, umas “mais numa linha interior, espiritual”, outras mais de “promoção da justiça, da evangelização explícita”.
Da Verbum Dei à Comunhão e Libertação, do Renovamento Carismático aos Neo-Catecumenais, do Movimento de Schoenstatt aos Focolares, todos os movimentos eclesiais colocaram em cima da mesa as “dificuldades” que sentem atualmente, em testemunhar a fé em Cristo.
Seja “na política, na economia, no desporto, na cultura, na vida familiar, na vida social”, transmitir a Palavra de Deus é cada vez mais um desafio, já que “o mal é que às vezes aparece nas primeiras páginas”, apontou o padre Manuel Morujão.
“Mas o Pentecostes está em pleno desenvolvimento”, acrescentou o sacerdote jesuíta, recordando que “mesmo em ocasiões de perseguição direta à Igreja houve também soluções”.


De acordo com o presidente do CPPNE, D. Rino Fisichella, o principal objetivo deste primeiro encontro internacional foi apresentar ao Papa Bento XVI e aos bispos espalhados pelo mundo “um sinal evidente de que a nova evangelização já está a ser feita há muito tempo”.
Para o próximo ano está reservado o início da “Missão Metrópole”, em várias cidades europeias, incluindo Lisboa, iniciativa justificada pelo arcebispo italiano com a vontade de “dar a conhecer a experiência da nova evangelização”.
Serve também de “provocação àqueles que ainda consideram que ou se deve viver de romantismo, pensando que tudo estava bem apenas no passado, ou se iludem pensando que tudo estará bem somente no futuro, com a invenção de alguma fórmula mais ou menos eficaz”, concluiu.
Em cima da mesa está ainda a procura de uma definição “adequada e utilizável” do adjetivo “nova”, naquela expressão, que se espera seja apresentada já em 2012, durante a 12ª assembleia geral sinodal, entre 7 e 28 de outubro, subordinada ao tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.
JCP

Fonte: Agência Eclesia

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