quinta-feira, 27 de outubro de 2011

99 Anos do Documento de Pré-Fundação


O Documento de Pré-Fundação de Schoenstatt faz hoje 99 anos. Daqui a um ano estaremos a festejar o centenário daquelas primeiras palavras que foram a semente lançada no coração dos jovens. Caíram em terra boa e fecunda. Hoje vemos florir em cada canto do mundo um maravilhoso jardim, um jardim que floresce sempre de novo. Este documento não é só de ontem, é de hoje e do amanhã. Eis um pequeno extrato (parágrafo 9 e 10):

9. Não é preciso ser grande conhecedor do mundo e do homem para constatar que o nosso tempo, com todo o seu progresso, com todas as suas descobertas, não pôde libertar as pessoas do seu vazio interior. É que todas as atenções, todas as iniciativas têm exclusivamente como objeto o macrocosmo, o grande mundo, o mundo exterior a nós próprios. Na verdade, não hesitamos em manifestar a nossa admiração pelo génio humano. O génio humano dominou as poderosas forças da natureza e submeteu-as ao seu serviço. Alcança qualquer distância na terra, sonda as profundezas do mar, perfura as montanhas da terra e voa pelo espaço. O impulso de pesquisa leva-o cada vez mais longe. Descobrimos o Pólo Norte e descortinámos continentes obscuros, examinámos com raios novos o nosso sistema ósseo, o telescópio e o microscópio desvendam-nos todos os dias mundos novos.  

10. Porém, há um mundo sempre antigo e sempre novo, um mundo – o microcosmo, o mundo em pequeno, o nosso próprio mundo interior – que continua desconhecido e inexplorado.
Não existem métodos, ou pelo menos métodos novos, para radiografar a alma humana. “Todos os domínios do espírito foram cultivados, todas as faculdades potencializadas, só o mais profundo, o mais interior, o mais essencial da alma imortal é que continua demasiadas vezes a ser um terreno por cultivar”, lamentam até os jornais. É por isso que a nossa época é de uma pobreza e de um vazio interior assustadores.
(Documento de Pré-Fundação 27.10.1912)


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