segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"Dia da Aliança" - Agosto 2014

 
“Aqui é bom estar…”

“Sempre que olhamos para Maria voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto”. Esta frase do Papa Francisco na exortação apostólica “A Alegria do Evangelho” fez-me lembrar os heróis congregados nos inícios de Schoenstatt. Queriam uma revolução e Maria revolucionou-os por dentro, tornando-os personalidades fortes, livres; jovens que, mais tarde, fizeram a diferença durante a Primeira Guerra Mundial. Quando no verão de 1914, devido à necessidade de ter um espaço próprio para reuniões, o Padre Kentenich e os jovens congregados receberam uma pequena capelinha abandonada - que existia desde o século XIII, que fora destruída duas vezes durante a guerra, mais tarde pertenceu a uma família e à comunidade dos Palotinos, a qual nos últimos dois anos ficara para arrecadação, onde se guardavam as ferramentas do jardim - não supunham que a Divina Providência tinha grandes planos para esse local.
Cem anos depois, vemos mais de 200 Santuários espalhados no mundo inteiro e milhões de pessoas a viveram da “força revolucionária da ternura e do afeto” pela atuação de Nossa Senhora. A experiência de Santuário é comum, mas bem pessoal: “Aqui é bom estar”. Sempre de novo contamos o episódio de uma família do Chile que visitou o Santuário Original, na Alemanha. A reação do filho pequenito: “Estamos no Chile”. Para ele era o mesmo que “estar em casa”, “chegar a casa”. Aí a Mãe espera por mim, aí ela me aceita, assim como sou, aí eu levo a minha vida, os momentos de alegria, mas também os de escuridão e de medo; aí eu posso experimentar um pedacinho de céu… O Papa Francisco continua dizendo: “É aí, nos santuários, que se pode observar como Maria reúne ao seu redor os filhos que, com grandes sacrifícios, vêm peregrinos para a ver e deixar-se olhar por ela. Aí encontram a força de Deus para suportar os sofrimentos e as fadigas da vida”. Experimentar o Santuário é muito mais do que uma visita ao espaço físico, é levar o Santuário no caminho da nossa vida.
Uma das cartas que os jovens escreviam para o Pe. Kentenich, desde a frente da batalha, expressava: “São tantas as vezes que estou em Schoenstatt, em espírito, dentro da acolhedora capela da congregação, aos pés da nossa querida MTA! Quantas vezes me ajoelhei lá, tantas vezes contando-Lhe sobre as minhas dores e preocupações, recebendo consolo.” Faz-nos tão bem olhar para Maria! E porque nos faz bem, é tão difícil para o peregrino ir embora. O segredo está em levar o Santuário no nosso coração, para a nossa casa, para o campo de batalha, para o trabalho. Às crianças que visitam o Santuário, muitas vezes sugiro que olhem bem para tudo, especialmente para Nossa Senhora e, em casa ou na escola, façam uma visita ao Santuário. “E funciona?”, perguntou uma vez um mais reguila. “Experimenta e para o ano conta-me se funciona ou não.” Prometido!
Em tempo de férias, aproveitemos para ir ver Maria ao Santuário, deixar-nos olhar por ela, e levar esse olhar terno e afetuoso no nosso coração para que, durante o ano e em qualquer lugar, possamos fazer muitas visitas espirituais ao Santuário.

Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Agosto 2014)
 

 
 

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...