“Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor” (Lucas 1, 45).
Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!
A solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria, foi o culminar de uma longa tradição da Igreja que celebrava a “Dormição de Maria”. Não se sabe como, nem quando, nem onde Maria adormeceu no Senhor. O dia 15 de Agosto recorda provavelmente a dedicação de uma igreja a Maria em Jerusalém, onde teria morrido (outros dizem que foi em Éfeso) com cerca de 60 anos e 10 ou 15 anos após a morte de Jesus.
A festa da Assunção tem grande tradição em Portugal e é um dia festivo, mesmo no meio do mês tradicionalmente dedicado às férias. Em muitos lugares Maria é hoje invocada com as mais diversas denominações, como por exemplo Senhora da Assunção, Senhora da Saúde, Senhora da Lapa, entre outros.
O Papa João Paulo II, numa homilia proferida em 1998, neste dia disse o seguinte:
"Ao celebrar a sua Assunção ao Céu em corpo e alma, oramos a Maria para que ajude os homens e as mulheres do nosso tempo a viverem com fé e esperança neste mundo, procurando o Reino de Deus em todas as coisas; oxalá ela ajude os crentes a abrirem-se à presença e à acção do Espírito Santo, Espírito Criador e Renovador, capaz de transformar os corações; ilumine as mentes acerca do destino que nos espera, da dignidade de cada pessoa e da nobreza do corpo humano.
Maria, elevada ao Céu, mostra-te a todos como Mãe de esperança! Mostra-te a todos como Rainha da Civilização do amor!”
Já Bento XVI em 2006, disse:
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Nós podemos louvar Maria, venerar Maria, porque é "bem-aventurada", é bendita para sempre. Este é o contexto da presente Solenidade. É bem-aventurada porque está unida a Deus, vive com Deus e em Deus. O Senhor, na vigília da sua Paixão, ao despedir-se dos seus, disse: "Eu vou preparar-vos, na casa do Pai, uma morada. E Há muitas moradas na casa do meu Pai". Quando Maria dizia: "Eu sou a tua serva, faça-se em mim segundo a tua vontade" preparava aqui na terra a morada para Deus; de corpo e alma, tornou-se morada e assim abriu a terra ao céu.”
As solenidades da Assunção de Nossa Senhora ao Céu e da Imaculada Conceição (8 de Dezembro), são as grandes festas marianas da Igreja.
Fami e Paulo
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