Queremos agradecer à Mãe, o facto de pela primeira vez a Missa da Aliança, ter
sido preparada e estar a ser animada pelos Madrugadores e pela Liga dos Homens.
Para nós adquire uma importância acrescida, por ter lugar no Ano Jubilar e
apenas a três meses do Centenário da Fundação.
São momentos assim, que vão
construindo a história da nossa Família, do nosso Santuário e do Movimento de
Schoenstatt.
“Então estabelecer-me-ei de bom
grado entre vós e distribuirei dons e graças em abundância, daqui, atrairei a
mim os corações juvenis e educá-los-ei como instrumentos aptos nas minhas
mãos.”
No Documento de Fundação, esta é
uma das promessas que a Mãe nos faz, por intermédio do Padre Kentenich.
Instrumentos aptos nas minhas
mãos. O que significa ser instrumento?
A ideia de sermos instrumentos,
não parece ser muito atractiva, pois a palavra instrumento, faz pensar em
objectos materiais, uma tesoura, um serrote, ou uma viola, entre muitos outros.
Antes de definir-mos o que o
Padre Kentenich quer dizer quando nos fala da espiritualidade do Instrumento,
temos que fazer uma separação entre “Instrumento” e “Instrumentalizar”.
Quando se instrumentaliza alguém,
significa que pretendemos servirmo-nos desse alguém apenas como meio, para
alcançarmos os nossos fins, por vezes egoístas, rebaixando essa pessoa à
qualidade de “coisa”.
Ensaio dos cânticos para a Missa
O que se pretende salientar
através da imagem de instrumento?
Em primeiro lugar, é necessário
salientar, que o instrumento é necessário, pois existe uma tarefa a cumprir e o
instrumento é preciso para cumprir essa tarefa.
Em segundo lugar é
imprescindível, que para a concretização da obra, o instrumento e quem o vai
utilizar estejam em união.
E finalmente, embora à obra
depois de terminada, se atribua o mérito a quem se serve do instrumento para a
realizar, também o instrumento tem a sua quota parte na concretização dessa
obra.
O instrumento, por si só, nunca
teria conseguido atingir esse resultado, no entanto unido a quem o utiliza,
alcança algo que ultrapassa a sua própria capacidade.
Tomemos como exemplo as violas
que os nossos músicos estão a utilizar.
Se as violas estivessem ali
sozinhas, nunca poderiam libertar os agradáveis sons que ouvimos. E se os
nossos músicos não as tivessem nas suas mãos, não poderiam tocar.
Assim, a união entre as violas e
os músicos, permitem que os cânticos sejam acompanhados pelos agradáveis sons
que a viola produz.
Quando o instrumento não cria
obstáculos nem opõe resistência à acção de Deus, quando se une estreitamente a
Ele e assuma as metas que Deus lhe assinala, experimenta uma fecundidade
ilimitada.
“Pai, escolheste-nos em Cristo
como instrumentos para o Teu reino, como semente, luz e fermento para a
redenção do mundo.” (Rumo ao Céu).
O ensaio decorreu no "museu" do Manel Serafim
Tornamo-nos, portanto,
instrumentos marianos, porque ninguém melhor do que Ela nos pode transmitir
vitalmente a atitude instrumental perante o Senhor e porque ninguém melhor do
que Ela nos pode levar a essa total disponibilidade instrumental que
caracteriza os autênticos discípulos e apóstolos de Cristo.
A Irmã Emilie entendeu muito bem o que é ser instrumento de Maria:
"Se eu me entregar sem reservas à nossa Mãe de Schoenstatt, então, com certeza ela vai usar-me como instrumento, mesmo que exteriormente eu tenha que estar inactiva."
"Poderás então usar-nos sempre como instrumentos nas tuas mãos carinhosas, fortes, omnipotentes:
Através de nós, moldar o rosto da humanidade de hoje, como corresponde ao teu plano. Ámen."
(Padre José Kentenich, do livro de orações Rumo ao Céu)
Paulo