A
Páscoa é Cristo vivo
Na manhã
de domingo, o primeiro dia da semana, algumas mulheres visitaram o túmulo de
Jesus. Vinham ao túmulo para envolverem de saudade e de perfume, à boa maneira
dos judeus, a sepultura de Jesus.
O túmulo estava aberto e vazio. O corpo de Jesus já não
estava ali. Compreenderão mais tarde, juntamente com os apóstolos, agora ainda
dominados pela dúvida e pelo medo, o alcance desta hora. Elas vão ser as
primeiras testemunhas da ressurreição.
No acontecimento da ressurreição de Cristo está a raiz e
o coração da nossa fé. Pelo baptismo, mergulhamos com Cristo na morte e com Ele
somos chamados a entrar numa vida nova, a vida dos ressuscitados.
A Igreja não cessa de nascer e de renascer desta fonte
viva que é o acontecimento pascal. A partir da Páscoa, as injustiças e
violências do mundo, o pecado e a morte não estancam a vida de Deus em nós.
Sabemos que as maiores feridas sociais e as dores humanas
precisam de cireneus que ajudem os que sofrem a olhar com esperança para este
sinal redentor da cruz de Jesus. “Não tenhais medo! Não procureis
entre os mortos Aquele que está vivo! Ele ressuscitou” (Lc 24, 5-6). A Páscoa é Cristo vivo. A Páscoa é obra de Deus que não mais
termina e que nunca cessa de trabalhar e transformar a Humanidade.
Esta não é a hora de olhar para trás. É a hora de
partilhar a alegria que Deus nos dá e nos traz, fazendo de nós um povo de
baptizados, um povo de crentes, um povo de irmãos e irmãs que se encorajam a
viver de Cristo, vivo e ressuscitado.
Em Missão Jubilar, sentimos ainda mais viva e mais nítida
a fé, a confiança e a audácia apostólica que nos vêm da Páscoa. Sabemo-nos
discípulos de Jesus Cristo, testemunhas felizes da sua ressurreição e
mensageiros decididos das bem-aventuranças do evangelho. Vivemos um tempo
concreto da nossa história como Diocese que realiza nas pessoas, nas famílias e
nas comunidades a alegria da Páscoa e concretiza nesta hora jubilar a história
da salvação.
“Vive esta hora, Igreja de Aveiro!”, hora pascal, plena de alegria, a anunciar a certeza da
Páscoa de Jesus e a testemunhar a beleza da missão da Igreja.
Bispo de Roma e Sucessor de Pedro
“Anuncio-vos uma grande alegria: Temos Papa”. Foi com
estas palavras que se abriu a porta da Igreja para o mundo conhecer o novo
Papa.
Os Cardeais, reunidos em Conclave, escolheram para Bispo
de Roma e para presidir na caridade a todas as Igrejas, reunidas em comunhão
com o Sucessor de Pedro, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos
Aires, na Argentina.
Veio “do fim do mundo”, no dizer do eleito, e escolheu
para seu nome, de forma surpreendente, o nome de Francisco.
O novo Papa vem do hemisfério sul e sente-se alavancado
por uma Igreja jovem a crescer em dinamismo pastoral e a abrir novos caminhos
de anúncio e encanto do evangelho, como é a Igreja da América Latina.
Sabe que é chamado a servir a Igreja num momento difícil
da sua história e numa hora marcante da vida do mundo. Está decidido a ampliar
para novos átrios os horizontes da missão, sem medo nem fronteiras.
O nome que escolheu, inspirado em Francisco de Assis, é
um programa de vida, onde a verdade, a simplicidade, a compaixão e a
proximidade com os mais frágeis e mais pobres dão pleno sentido ao seu
ministério e força profética à sua missão.
Damos graças a Deus pela sua eleição. Asseguramos-lhe a
permanente oração da Igreja de Aveiro e a nossa comunhão fraterna e obediência
filial. Esta é uma hora de alegria e de esperança para
a Igreja e para o mundo.