Manuel Luís Marinho Antunes
50 Anos de Aliança de Amor
Vivo em Aliança
Desde há 50 anos que vivo “em Aliança”. Mas tem sido uma Aliança muito desequilibrada porque a minha contribuição para a Aliança não tem correspondido à grandeza dos dons que tenho recebido da minha Aliada, a Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt, e também do P. Kentenich e de toda a Família de Schoenstatt, designadamente esta nossa Família de Lisboa, e reconheço muitas falhas no cumprimento das minhas obrigações na Aliança. Por isso, quero hoje pedir perdão a Deus, à nossa Mãe e Rainha, ao nosso Pai Fundador, à Família de Schoenstatt, a cada um de vós, concretamente, pela minha infidelidade.
Fui conquistado pelo Amor e a Aliança de Amor tornou-se, para mim, a grande norma ou modelo de vida
Ao longo destes anos, descobri que sou um filho muito amado. Na Aliança de Amor com Maria abriu-se uma porta que me pôs num caminho de vida nova, por vezes tortuoso, árduo ou até penoso. A grande novidade foi reconhecer que Deus me tem amado desde sempre, mesmo que eu lhe tenha virado as costas, me ama e me amará sempre como filho predilecto, com um amor sem condições, infinito, cheio de fidelidade e misericórdia.
Abriu-se um horizonte novo, um sentido diferente não só para a minha vida espiritual e religiosa, mas para toda a minha vida, natural e sobrenatural. Posso dizer que Deus me conquistou através de Maria, ou que eu, em Maria, minha Mãe, me deixei conquistar pelo meu Pai. Assim, a Aliança de Amor é a minha vida e a minha vida é a Aliança de Amor.
A Aliança de Amor é uma missão
Ser aliado de Maria significou, desde muito cedo, para mim, ser instrumento nas mãos de Maria para que a sua missão na obra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo se cumpra na Igreja e no mundo onde vivo. Percebi que a missão de Maria começava pela transformação da minha própria vida e que isso era parte essencial da própria Aliança de Amor, mas não parava aí. Em Schoenstatt descobri que, em cada tempo e lugar, Maria continua a gerar o homem novo na nova comunidade, em Cristo. Há 50 anos, com 18 anos acabados de fazer, a entrar na Universidade, a despertar para os sinais de mudança da sociedade portuguesa, uma semana depois do início de um Concílio Ecuménico, a Aliança de Amor foi como um estrela da manhã, o começo de uma vida nova, uma luz e uma força para a renovação da Igreja e para a construção de um mundo novo de acordo com a dignidade de filhos de Deus que todos os seres humanos têm. A missão continua
hoje, e até é mais urgente.
Por tudo isto, hoje tenho muito que agradecer: Obrigado, querida Mater!
Manuel Luís Marinho Antunes
Lisboa, 18OUT12
Fonte: http://www.lisboa.schoenstatt.pt/18-outubro-2012/50-anos-aa-de-manuel-luis-marinho-antunes
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