sexta-feira, 18 de abril de 2014

"Dia da Aliança" - Abril 2014


O berço da  SANTIDADE
Para a sociedade do nosso tempo falar de santos cheira a coisa de padres, sacristia, a mofo. Para os cristãos, os santos são uma realidade, mas muitas vezes uma realidade distante, de outros tempos, de outros berços. Para muitos de nós até “dá jeito” pensar assim, que os tempos são outros, que não nascemos santos, que a Igreja tem que mudar conforme a nossa medida. E, a Igreja continua a surpreender-nos com a sua própria medida: a medida da Santidade!  
No dia 27 vai ser canonizado o Beato João Paulo II. Quem de nós não conheceu ou não ouviu falar do Papa João Paulo II? Quantos de nós o pudemos ver, tocar, olhar nos olhos, respirar do mesmo ar, viver na mesma sociedade, com os mesmos desafios? João Paulo II foi um jovem como outro qualquer, que gostava de teatro, de desporto; foi um adulto como outro qualquer que lutou ao lado dos operários, que abraçou a sua vocação de vida; que se entregou totalmente à sua missão; que passou pela vida amando. Não nasceu santo, mas fez da vida que Deus lhe permitiu viver o seu caminho de santidade, fez da Igreja o seu berço de santidade, sentindo-se “embalado” pela Mãe de Deus, a quem ele se entregou totalmente e a quem confiou o seu papado. Isso o expressou no lema da sua vida e missão: Totus Tuus (Todo teu)!  
Em Schoenstatt, estamos a festejar 100 anos da Aliança de Amor que se tornou caminho de santidade para muitas pessoas. Anos jubilares levam-nos a olhar as origens, por isso, oportunamente por estarmos no mês de Abril, recordamos o pequeno José aos 9 anos, mais tarde fundador de Schoenstatt, que no dia 12 de Abril de 1894 por ocasião da entrada no orfanato, foi consagrado a Nossa Senhora pela sua mãe. Esta, diante de uma estátua de Maria, pediu-lhe para educar o seu filho, ser a sua Mãe e substitui-la nos seus deveres de mãe. Mais tarde, o Padre Kentenich fala dessa hora e diz que ele mesmo entregou o seu coração totalmente à Mãe de Deus e a partir desse momento Ela foi a sua única Educadora. Desta vida com Maria surgiu, no dia 18 de Outubro de 1914, a Aliança de Amor que se ampliou com milhares de pessoas em todo o mundo e os Santuários de Schoenstatt tornaram-se assim “berço de santidade”, sob a proteção de Nossa Senhora.  
Os primeiros jovens levaram a sério esta entrega a Nossa Senhora e a eles devemos este tesouro que hoje podemos tocar. Fizeram um programa de vida para a santidade e puseram mãos à obra. José Engling, na simplicidade da sua juventude, no mês de maio de 1915, começou a pintar flores para oferecer a Nossa Senhora, expressão das provas de amor, das pequenas conquistas no dia-a-dia por alcançar a santidade.  
Não seria um impulso para nós, neste mês de maio colocar aos pés de Nossa Senhora muitas flores, um grande jardim, como gratidão pela Aliança de Amor? Vamos começar já a cultivar esse jardim no nosso coração para que a santidade, para nós, não seja apenas uma miragem.
 
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Abril 2014)

 

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