ESPANHA, org. No dia 23 de fevereiro,
"Intereconomía TV", um canal de televisão privado e aberto, divulgou
uma entrevista que María Luisa Erhardt concedeu. Ela é membro da União das Mães
de Schoenstatt de Espanha e fundadora do Projeto Betânia, que cada vez tem mais repercussão na
sociedade e na Igreja espanhola. É outro projeto católico eficaz que vive da
força da Aliança a serviço das pessoas, e que, com base na vida real, dá
respostas a situações concretas e dolorosas que muitas pessoas vivem... No
vídeo, aparece o Santuário-Lar - outro símbolo da Cultura da Aliança, a partir
do Santuário-Lar! Reproduzimos, com muito gosto, o artigo de Carmelo López
Arias, publicado, no dia 25 de fevereiro, no portal digital "Religião em
Liberdade" (Madri/Espanha).
religionenlibertad.com/ Carmelo López Arias. “Separei-me
ainda jovem, tinha 30 anos e três criaturas olhando para mim. Não podia culpar
o outro, porque não tinha poder sobre o outro”- com extraordinária serenidade,
María Luisa Erhardt explicou, neste sábado, a Gonzalo Altozano, no programa Não
é bom que Deus esteja sozinho (No es bueno que Dios esté solo), da
IntereconomíaTV, as circunstâncias de seu caso pessoal, como origem remota do
projeto Betânia, surgido em 2006. Trata-se de uma organização católica, com
estatutos na diocese de Madrid para não estar dependente a nenhum outro
movimento, que acolhe a mulheres separadas, divorciadas ou que tiveram o
casamento anulado, com a ideia de “sanar” o mal que esses processos causam: “No
[projeto] Betânia, primeiro se escuta, depois se ama, e a seguir entregamos
tudo a Deus e à Virgem e rezamos com o coração aberto. Cada história é sagrada;
aqui, não culpamos ninguém, não nos permitimos julgar, ter preconceitos, fazer
boatos ou criticar”.
Os tempos
dedicados à Mãe de Deus
Aos poucos, em seu “Santuário-Lar”, María Luisa
valeu-se de sua separação, cuidando de seus três filhos, porque são as “vítimas
inocentes”. Um deles, alguns anos depois, ordenou-se sacerdote. “Quem me
conduziu e educou foi Deus, porque me ensinou a conhecer-me a mim mesma.
Pedi-lhe que entrasse na minha vida e me ajudasse a conhecer-me, para assim
educar a mim mesma e poder educar meus filhos”, lembra ela. E acrescenta o papel
que a Mãe de Deus exerceu em sua vida (e na obra que é o projeto Betânia).
Rezando com insistência no Santuário de Schoenstatt, vieram-me duas palavras:
“atenta e disponível” que caracterizam o grupo, porque “os tempos da Virgem são
muito delicados” e é assim que o grupo quer receber e ajudar às pessoas que
buscam compreensão. “Trata-se de curar feridas porque ‘Deus não pode atuar no
rancor’. Abrir o coração, não fechar, porque é a forma de saber onde estão
nossas limitações e como trabalhá-las. Algumas vezes, são pessoas que não
conseguiam chorar de tanto sofrimento; então, chorando, desintoxicam a alma”.
Além disso, a “desintoxicação” ganha um prêmio e presta um serviço: “Quando
Deus cura uma mulher, cura uma mãe e, com ela, os filhos, com eles, a família e
com ela toda a sociedade”, explicou María Luisa.
Um lugar de
descanso
E por que Betânia? “É um lugar onde Jesus Cristo ia
descansar com seus amigos: Lázaro, Marta e Maria. Ali comiam, bebiam, reuniam-se. Queremos descansar no coração de Jesus e Ele quer descansar em nós. Em
Betânia, curamos-nos em Deus. Eu estou curada em Deus”, confessa. E acrescenta:
“Em Betânia, trabalhamos o perdão, perdoando-nos a nós mesmas”. Com duas
interessantes considerações. Primeira: “querer ser perfeitos é um problema de
orgulho e de soberba, porque somos imperfeitos e Deus nos criou imperfeitos”.
Segunda, e apenas aparentemente paradoxal: “só pode ser humilde quem tiver uma
profunda autoestima. Se você não conhece suas capacidades, não pode entender o
que Deus espera de você”.
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